terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Excessos

Excessos

01/02/2010

Cantava além mar
nunca soubera quem era
e cada gota de onda néctar
era como metonímia em vida

Alucinava em corpos transeuntes
como a de uma clássica música em bemol.
Incompreendia a constância por excitações
e colecionava amores em uma caixinha de bailarinas confusas.

Permitia-se brincar com a eterna contradição
e perdia-se em determinados advérbios passados
suava, transpirava
e, em sua mente, apenas corpo.

Corpo. Meio corpo, corpo inteiro
tinha sede de corpos
e seu copo sempre meio cheio
e vazio e meio
corte de corpos
nada era seu, nem o poema que excedia a quadrilha versada

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