domingo, 16 de agosto de 2009

LEMBRANÇAS ...





remexendo em poemas antigos...


ABSTINÊNCIA

18/05/2007

abstive sempre
cumpri minha penitência
tive nem um pouco
de clemência

escolhi meu sacrifício
tal qual o cordeiro.
servida em um altar
minha alma na bandeja

deus tentou me convencer
mas apelei para a vogal
A
Adeus

e meu estômago emaranhado
retorcido em seu próprio coito
vazio que tenta renunciar a vogal
Anunciou o jejum

dos sete pecados capitais
que moravam em meu estômago
apenas um se ajoelhava
e no genuflexório pedia remissão.

Em vão

eu, em minha casta idade
queria a luxúria
mas entre minhas coxas
castidade.




2 comentários:

Carolina Cristina disse...

Ai ai ai...
Como a castidade dói!!!

Bjos...

O Desbunde disse...

e talvez por isso seja uma contradição a rima entre flor e dor...

saudade de vc minha amiga poeta querida!!!!!!!!

beijo grande