Remexia-se na cama como defunto na cova.
Ei, defunto
o tempo seduz ponteiros de madeira fria
meras redundâncias contemporâneas...
Ei, defunto
Neruda se confunde com tempos verbais
lombadas de livros deixam ásperas as mãos de Borges.
Ei, defunto
vem, com dissonante voz, vem
alimenta ruídos de meu estômago
ei, defunto
quase me esqueci das entrelinhas esgarçadas
cobre meu corpo com teu manto noturno
e, por fim, descobre a aurora de meu corpo
no fundo de um quarto de Van Gogh
Ei, defunto
Ei, defunto!
Ei, defunto?
A sete palmos lhe beijo a face
quem sabe de amanhã
Ei, defunto
o tempo seduz ponteiros de madeira fria
meras redundâncias contemporâneas...
Ei, defunto
Neruda se confunde com tempos verbais
lombadas de livros deixam ásperas as mãos de Borges.
Ei, defunto
vem, com dissonante voz, vem
alimenta ruídos de meu estômago
ei, defunto
quase me esqueci das entrelinhas esgarçadas
cobre meu corpo com teu manto noturno
e, por fim, descobre a aurora de meu corpo
no fundo de um quarto de Van Gogh
Ei, defunto
Ei, defunto!
Ei, defunto?
A sete palmos lhe beijo a face
quem sabe de amanhã
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