Farmácia em Caimito - remédios custam aproximadamente centavos de reais...
Dignidade! É o que nós, brasileiros, pedimos!
"Juntar-se, esta é a palavra do mundo", José Martí
Ir a Cuba e ir ao médico é quase uma obrigação. Não que seja necessário ficar doente, mas foi exatamente o que ocorreu comigo e tive toda a assistência garantida. Remédios, consulta e, podem acreditar, pós-atendimento! Durante as duas semanas que estive fora da brigada pude conversar com muitos estudantes da ELAM (Escola Latino-americana de Medicina). E, nestes diálogos, descobri muita coisa interessante. Em Cuba, há um médico por quadra. Não há filas, espera ou qualquer negligência com o paciente.
Meu amigo Vitor, estudante brasileiro no 5º ano de medicina, contou-me que a medicina na Ilha divide-se em cinco pilares:
- Médico da família (atendimento primário);
- Policlínico (atendimento secundário);
- Hospital;
- Reabilitação;
- Processo de inclusão na sociedade.
Geralmente, um médico da família tem, no máximo, 150 pacientes. E esse valor não é diário, é o total! O atendimento ocorre das 8h30 até às 12h e das 13h às 16h. A partir deste atendimento, o médico encaminhará o paciente a um policlínico (um posto de saúde) onde será consultado por um especialista. O médico da família atende aos mesmos pacientes e tem acesso ao histórico de saúde deles. “Eu nunca vi fila no hospital. Nunca vi mais do que cinco pessoas esperando e, mesmo assim, são atendidas rapidamente”, afirmou Vitor.
É impressionante a qualidade do atendimento, a preocupação com o ser humano, são valores completamente diferentes daqueles que estamos acostumados a ver. Existe dignidade! Ao contrário do que, infelizmente, assistimos em nosso País: filas quase intermináveis, pessoas desmaiando pelos corredores por falta de assistência e horas para o atendimento. Isso é inadmissível em Cuba e é maravilhoso presenciar esse atendimento.
E as condições dos hospitais e policlínicos são as melhores: não falta leito, os aparelhos são de última tecnologia e os remédios e materiais são de ótima qualidade. Também questionei quanto à saúde da mulher. Há hospitais especializados em ginecologia e obstetrícia e a maioria dos partos são normais, porque, segundo Vitor, há prioridade para a saúde da mulher. A mãe recebe toda a explicação de como cuidar de um bebê e permanece internada por 48 horas. Eu tenho uma amiga que mora no Sul de Minas e quase perdeu seu bebê na rede pública porque não lhe orientaram sobre a amamentação do bebê. O índice de mortalidade infantil em Cuba é praticamente nulo. Quanto aos idosos, o governo oferece o serviço de trabalhadores sociais que os acompanham e os auxiliam no dia-a-dia.
O salário mínimo de um médico recém-formado é de US$ 25. E aqui no Brasil, temos médicos trabalhando no sistema privado ganhando mais de R$ 5mil, enquanto a rede pública explode de pacientes e negligência do Estado. Recomendo às pessoas o documentário de Michael Moore “SOS Saúde”. Confesso que me emocionei com as cenas de Havana. Dignidade! Este sim é um direito prioritário!
domingo, 22 de fevereiro de 2009
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