Mal chego a Campinas e deparo-me com a seguinte placa: “Tarifa de ônibus: R$2,50”. Este é o valor mais alto em relação às outras cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Em tempos de crise e desemprego na região, o governo do Dr. Hélio aumenta em 8,7%, enquanto os trabalhadores perdem seus empregos. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o transporte é o terceiro gasto em um orçamento familiar. Ir e vir custa R$ 5,00 por dia. R$ 140 por mês, isso se a pessoa utilizar transporte público todos os dias.
Com justificativas que variam entre: aumento dos preços do combustível e dos pneus e até aumento do salário dos trabalhadores, o reajuste foi realizado no dia 18 de janeiro, uma data bem propícia, depois de tantas promessas e ilusões vendidas nas propagandas eleitorais. Campinas tem um transporte público de péssima qualidade. Ônibus lotado, filas em terminais e bairros sem linhas disponíveis e todo aumento vem acompanhado de promessas de melhoria. No entanto, sabemos que não é bem isso que acontece. Depois de assinar um contrato que dura 20 anos com os empresários de ônibus, a prefeitura de Campinas precisa garantir o lucro das empresas de alguma forma.
Dr. Hélio se esconde atrás do bilhete único. Não se esqueçam que o grande mote de campanha do atual prefeito em sua primeira eleição foi o bilhete único de duas horas que, hoje, funciona apenas com uma hora. Outro fato a ser lembrado refere-se ao Orçamento Municipal. Parlamentares do PSOL denunciaram durante dois anos a retirada de mais de R$46 milhões da Assistência Social (2006-2008) para as mãos dos empresários de ônibus. Além do perdão da dívida tributária milionária que as empresas tinham com a cidade. E ainda vem um aumento?
Conheço gente que caminha do bairro Nova Europa até o Centro e até mesmo do Ouro Verde ao Centro, por falta de dinheiro. Lembrei-me do documentário “Eles não vão à Daslu” que retrata o cotidiano de dois catadores de lixo em Campinas. Puxando seu carrinho por ruas estreitas de terra, próximo ao Terminal Central, Júlio diz: “Gostaria tanto de levar meu filho para ouvir a Sinfônica ou a um teatro. Mas como vou levá-lo se nem o dinheiro do ônibus eu tenho? A minha família precisa comer”. Ele vai mais além e cita uma música dos Titãs: “A gente não quer só comer, quer balé, diversão e arte”.
Pergunto-me: “Quem são os que mais precisam do governo Hélio?”. Já que seu lema de campanha sempre foi: “Primeiro os que mais precisam”. Chega de dar dinheiro aos empresários. Municipalização do transporte já!
Ato II
Falando em transportes... Depois de uma reprovação, desentendimentos com instrutor e dúvidas sobre idoneidade da auto-escola, finalmente, passei na prova da auto-escola! Meu processo de aprendizado foi muito conturbado, devido aos fatos nebulosos em relação ao Centro de Treinamento (CT) que foi fechado pelo Ministério Público. O CT nada mais era do que um elefante branco: um espaço que reunia todas as auto-escolas para realizarem aulas práticas, além dos exames. Resultado: superlotação e lucro. Havia um único espaço para treinar manobras como a baliza e, conseqüentemente, a fila se estendia por muitos e muitos metros. Havia dia que passávamos uma aula inteira (50 minutos) esperando na fila. Quem estaria interessado nisso? O aluno não consegue aprender no tempo estipulado e é praticamente obrigado a pagar aulas extras.
Agora tudo voltou como era antes. Cada auto-escola está em um espaço determinado na cidade. É claro que não dá para agradar gregos e troianos, porque, por exemplo, os moradores do Taquaral não gostaram nada da idéia, assim como qualquer outro morador de outro bairro não gostará. Enfim, a continuidade do CT significaria o poder da máfia das auto-escolas que todos nós já conhecemos.
Com justificativas que variam entre: aumento dos preços do combustível e dos pneus e até aumento do salário dos trabalhadores, o reajuste foi realizado no dia 18 de janeiro, uma data bem propícia, depois de tantas promessas e ilusões vendidas nas propagandas eleitorais. Campinas tem um transporte público de péssima qualidade. Ônibus lotado, filas em terminais e bairros sem linhas disponíveis e todo aumento vem acompanhado de promessas de melhoria. No entanto, sabemos que não é bem isso que acontece. Depois de assinar um contrato que dura 20 anos com os empresários de ônibus, a prefeitura de Campinas precisa garantir o lucro das empresas de alguma forma.
Dr. Hélio se esconde atrás do bilhete único. Não se esqueçam que o grande mote de campanha do atual prefeito em sua primeira eleição foi o bilhete único de duas horas que, hoje, funciona apenas com uma hora. Outro fato a ser lembrado refere-se ao Orçamento Municipal. Parlamentares do PSOL denunciaram durante dois anos a retirada de mais de R$46 milhões da Assistência Social (2006-2008) para as mãos dos empresários de ônibus. Além do perdão da dívida tributária milionária que as empresas tinham com a cidade. E ainda vem um aumento?
Conheço gente que caminha do bairro Nova Europa até o Centro e até mesmo do Ouro Verde ao Centro, por falta de dinheiro. Lembrei-me do documentário “Eles não vão à Daslu” que retrata o cotidiano de dois catadores de lixo em Campinas. Puxando seu carrinho por ruas estreitas de terra, próximo ao Terminal Central, Júlio diz: “Gostaria tanto de levar meu filho para ouvir a Sinfônica ou a um teatro. Mas como vou levá-lo se nem o dinheiro do ônibus eu tenho? A minha família precisa comer”. Ele vai mais além e cita uma música dos Titãs: “A gente não quer só comer, quer balé, diversão e arte”.
Pergunto-me: “Quem são os que mais precisam do governo Hélio?”. Já que seu lema de campanha sempre foi: “Primeiro os que mais precisam”. Chega de dar dinheiro aos empresários. Municipalização do transporte já!
Ato II
Falando em transportes... Depois de uma reprovação, desentendimentos com instrutor e dúvidas sobre idoneidade da auto-escola, finalmente, passei na prova da auto-escola! Meu processo de aprendizado foi muito conturbado, devido aos fatos nebulosos em relação ao Centro de Treinamento (CT) que foi fechado pelo Ministério Público. O CT nada mais era do que um elefante branco: um espaço que reunia todas as auto-escolas para realizarem aulas práticas, além dos exames. Resultado: superlotação e lucro. Havia um único espaço para treinar manobras como a baliza e, conseqüentemente, a fila se estendia por muitos e muitos metros. Havia dia que passávamos uma aula inteira (50 minutos) esperando na fila. Quem estaria interessado nisso? O aluno não consegue aprender no tempo estipulado e é praticamente obrigado a pagar aulas extras.
Agora tudo voltou como era antes. Cada auto-escola está em um espaço determinado na cidade. É claro que não dá para agradar gregos e troianos, porque, por exemplo, os moradores do Taquaral não gostaram nada da idéia, assim como qualquer outro morador de outro bairro não gostará. Enfim, a continuidade do CT significaria o poder da máfia das auto-escolas que todos nós já conhecemos.
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