Insônia
23/10/2008
A estética daquela cama encobria uma trama cheia de nós. Estavam ali, enrolados em desenhos de arlequim espalhado. Olhares infantis fuzilavam aquele retalho vagabundo e os corpos mal eram tocados: frios em sua relevância. Durante a madrugada fria, esperavam o lençol molhado de suor afligir seus corpos, pois ainda confiavam na sensação de um dorso quente que fervia em angústia e desejo. Mas apenas uma troca de sorrisos. Sim! A cumplicidade anunciava os nós. Nós: pequenos fragmentos expostos em fel. Talvez sonhos, talvez pesadelos. E, no limite da cama, em sua divisão quase egoísta, apenas pés se tocavam. E passaram anos flertando com polegares.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
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