sábado, 24 de maio de 2008

pLETórica diScreta


pLETórica diScreta
Camila Marins 29/11/06


Senhoras e senhores senhora o caralho o espetáculo terminou toc toc por favor entre entrelinha só um minuto o que o traz aqui? Doutor é o espelho não há espaço meu espelho espectro olho para o céu e sapos gordos caem sobre meu teto no piso piso na calçada dia desses encontrei uma rosa jogada acabada cheguei em casa tomei uma daquelas pingas que deixa qualquer um no cio eita pinga marvada depois ainda me perguntam quantos eu fumo por dia respondo apenas alguns tragos mas só em dias de lua cheia eclipse nada da noite na bolsa trago minha sopa sem letrinhas êêêêêê são grãos, sementes de pão de arroz curtido em fontes intermináveis desse jardim des fleurs opa olha quem chegou para dar liga nesse ebó vísceras da então depenada em nome de pater logo mais a cadela lança seu olhar de cortesã cuidado é a cadela lança okê arô lançou suas flechas e no mato saiu para caçar carneirinhos ruivos tende piedade de nós sua oferenda ekùjébú mas sabe o que eu acho? lancei a moeda ao ar sorte ao léu uma prece fraternidade branca nesse abismo oval viche voltemos aos ovos bagos e bolas meia bola pingos no i soma advérbio verbo substantivo substância cartilha esquece conjugação amém aliteração tu tu tu tu tu tu corta o S corta de novo vira cifrão cifras em versos auto-retrato entreato por favor lâmina sangue suicida o pêlo amargo café veneno espirra pela narina tomai todos e bebei moinho no eflúvio nada sagrado da piroga em constante rumor puta quer ser virgem índio quer nascer o cu do pirata se escondeu reto desmunheca entorta coluna do olho reto cu arreda pirata olha o verme quieto amordaça calo logo galo joanete absinto vermelho sinto entre as pernas voam fadas verdes lamento seus gatos na banheira buh buh assusta sobrinho temporal ‘intruterino’ três dias três noites três horas quem sabe três cálices três mosqueteiros um lamento para borges escondido no bolso da calça jeans gim uma dose por favor melhor uísque ou saquê na tupperware uér maria macombé perdida pela geografia esquisita redoma toma ajuda tomé cas galinha escreve uma carta que ela entende bate patente mitra também nasce põe ovos pelo umbigo odeio umbigos nada amigos ambíguos pedra no terço do caminho rosário contas para amador masoquismo parto de idéias amo amo amo dor e tu?

Viva a anistia!
Um brinde!
.ponto.pronto.

2 comentários:

Carolina Cristina disse...

Uauuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!
Essa é Cam-Cam que eu conheço e admiro!!!
Bjos...

Genivaldo Amorim disse...

UAU!!! Preciso ler de novo!! Provoca apnéia essa leitura rsrsrsrsrsrs.