Quando vamos ao dicionário e questionamos o significado da palavra “objeto”, nos deparamos com:
1. Tudo o que é exterior ao espírito.
2. Coisa.
3. Assunto, matéria, causa, motivo.
4. Fim, escopo.
Mas fui ao dicionário por quê? Porque recebi de uma querida amiga o texto intitulado Objetos, de autoria do filósofo e colunista da Folha de S. Paulo, Luiz Felipe Pondé, publicado no dia 11 de julho. (clique para ler)
RESPOSTA:
RESPOSTA:
Humildemente confesso que, quando penso a sério em mulher, muitas vezes penso nela como causa. Que dá sentido à existência. Muito além da maternidade, que é uma das mais profundas formas de amor já existente. A mulher traz sentido ao inexplicável, traz subjetividade à objetividade massacrante. E, no fundo, todos nós sabemos disso.
Eu, particularmente, desconfio de gente que impõe revanchismos ou propõe ataques gratuitos. Desconfio de gente insensível ao outro. Desconfio de gente que desconsidera que todos nós somos seres humanos e, portanto, passíveis ao erro. Sendo um colunista ou um motorista de bike. Desconfio de gente com inúmeros títulos acadêmicos, mas, mesmo assim, insistem em ignorar a História. Desconfio de gente que escreve como pêssego ressecado.
Sou, como costumo dizer, uma indignada. Não só hoje, como em todos os dias, devemos cultivar o eterno questionamento e por razões de sanidade mental e responsabilidade social.
Mas, falando sério, desconfio de homens que pensam na mulher apenas como objeto, especialmente quando é crescente o número de mulheres no mundo. Desconfio barbaramente de homens que pensam na mulher como objeto e ouso pensar que estes não saem de seus respectivos banheiros tão cedo.
Desconfio de homens que ignoram o diálogo cotidiano. Desconfio de homens que não compreendem o companheirismo e a cumplicidade que envolve um relacionamento. E digo mais: não se trata de uma guerra de sexos e sim, de respeito. Respeito, igualdade, gentileza entre ambos os gêneros: feminino e masculino.
Não pergunto filosoficamente, mas popularmente: que homem mantém uma relação apenas por sexo? Que homem ama sem admirar? Que homem ama sem ser gentil? Apenas os insanos, meu caro.
Agora, tratemos sobre sexualidade? Poxa, é super legal ser lésbica? É super legal enfrentar o preconceito? É super legal ouvir agressões nas ruas? É super legal não poder manifestar amor em público? É super legal ter medo todos os dias?
A pior forma de solidão é declarar guerra às mulheres. É declarar guerra a um ser humano. É ser infeliz. E, por fim, a pior forma de solidão é render a arte de escrever e de sensibilizar corações e mentes, ao poder, à vaidade, à violência, à agressão gratuita. Não tenho o objetivo de configurar revanchismos baratos com este texto, mas sim fazer um alerta: a pior forma de solidão é ignorar o outro.
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