terça-feira, 15 de junho de 2010

Reflexão sobre o dia dos namorados



Reflexão sobre o dia dos namorados

15/06/2010

12 de junho e o amor está no ar. É dia dos namorados e os casais planejam programas românticos: jantares, viagens, motéis. E, da mesma forma, casais gays celebram o dia, mas a história muda um pouco de rumo. Algumas histórias.

I
Duas meninas entram em um restaurante na Avenida Atlântica e pedem:

- “Mesa para duas, por favor”.

E o maitrê, desconfiado, lhes indica a mesa no fundo do bar e sequer as olha diretamente e mal são atendidas. Olhares por todos os lados e mal podem segurar na mão uma da outra.

II
- “Amor, vamos para a serra curtir o friozinho do dias dos namorados?”

Roberto reserva um quarto de casal para passar um final de semana romântico com Paulo. Quando chegam ao hotel fazenda, duas camas de solteiro. Roberto telefona para a recepção e diz que enfatizou que era um quarto para casal e a recepcionista lhe diz:

- “Não entendi, a reserva não era para dois homens?”

Paulo e Roberto juntam as camas e embalam no frio da serra.

III
Véspera de dia dos namorados: lojas lotadas, cartões com dizeres e imagens heteros; constrangimento na compra.

IV
Andam de mãos dadas. Se amam. Os olhos brilham de paixão e admiração pelo outro. Não podem se beijar no táxi. Não podem se abraçar na rua. Não podem enlaçar os dedos sobre a mesa de algum restaurante. Não podem dar flores em público para sua namorada ou para o seu namorado. Não podem dividir o mesmo talher na hora da sobremesa. E quem disse que não pode? Eles podem dizer não, mas devemos exigir RESPEITO! O amor é o mesmo, não importa a orientação sexual e a opressão dói e corrói. Foi-se o tempo da clausura em guetos gays e igualdade é fundamental para a construção de uma sociedade realmente solidária e fraterna. Liberdade e respeito sempre!



Um comentário:

Juliana Bertoni disse...

O preconceito é uma forma de autoritarismo social de uma sociedade doente. Normalmente o preconceito é causado pela ignorância, isto é, o não conhecimento do outro que é diferente. O preconceito leva à discriminação, à marginalização e à violência.
Fr.Francisco van der Poel ofm, 2005