quinta-feira, 13 de maio de 2010

Quase duas da manhã deste 13 de maio falacioso




Quase duas da manhã deste 13 de maio falacioso
13/05/2010

Perco-me de mim mesma
confesso diante deste altar
sedento de hipocrisia:
anos se passaram

e houvera a época que escrevia sobre ânus
brincava na cama entre Kafka e Sartre
Ah! Como Simone me espiava

de repente, não mais do que pânico
me afundo em redundâncias da existência
cálida queda cama
casa come quero

admito! Os verbos me causam orgasmos
daqueles múltiplos
não mais do que língua afiada

e o vento não existe, nada é
diante de minh’alma orquestrada
cacofonias de um dialeto mal dito
maldito!

e quanto ao hoje?
redoma que engole
enrolo-me em lençóis
nua de falácias ancestrais

sou um anjo mascarado
de sedutor: Lilith (dê) me acompanha em arquétipos
divido entre gêneros
o divã – testemunha de uma alma rodriguiana

meu canto vai além
atinge sustenidos famélicos
e meus poetas pedem mais
mais
mais – sussurram ao pé de minha orelha quente

brinda comigo
quem se atreve?
deixo minhas bodas de prata
e mendigo pelas próximas

nexo? coMneXo
e o plural retorna aos meus escritos
sempre na dúvida, temerosa
de alcançar
a plenitude fantasiosa

that’s me or not...

meus joelhos denunciam a forma do meu pecado
em flor




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