sábado, 20 de fevereiro de 2010

Entre Fridas e tulipas


Entre Fridas e tulipas

20/02/2010


Sabia da diferença canibal entre 4 paredes.
de quatro

números, algarismos e tabelinhas


finalmente, livrava-se da poesia barata feita de lençol vagabundo. Rasgava versos em linhas sedentas. Apenas corpo. E era uma vez a prosa. Parecia um gato a vagar pelas esquinas em busca do outro. Talvez gênero, ou não... não estava em busca do amor. A dor lhe convinha mais e combinava com o melhor de seus orgasmos. Sabia que o amor já lhe acompanhava e estava em seus sonhos. Sua dor de Frida esvanecia na cama coberta por tulipas vermelhas. Pensava no Ser e a existência batia-lhe na face com luvas de couro. Um dia, lhe perguntaram: “E quanto ao coração?” O tempo ardia e o sangue nas veias corroia caminhos do não ser. Chora Frida. Vem e chora pelo meu corpo as pétalas de tua dor...

3 comentários:

Lunna disse...

Chorar o verso, o verbo... Deixar emergir a dor e sentá-la esvair-se pelos cantos no momento seguinte...

Eu já um pouco sobre Frida e não consigo me deixa conquistar por ela. É meio vago pr amim, mas isso é questão de olhares, não?

Beijos

Janaína Leslão disse...

olá!
essa é minha primeira visita...
voltarei mais vezes!
isso é seu:
"Sabia da diferença canibal entre 4 paredes.
de quatro

números, algarismos e tabelinhas"

AMEI!!!!

O Desbunde disse...

Oi Janaína, o trecho citado por você é meu sim... obrigada!!! Seja bem-vinda a esta fechadura poética... beijos