Esquina putanesca
24/11/2009
Desenhava rabiscos em azulejos de paredes mortas. Falava com as paredes e, ainda assim, era só. Alucinava com a dependência venenosa entre corpos parafraseados de matéria. Apenas matéria. Nada mais do que matéria. E a alma esquecida perdia-se. Perdia-se em caminhos metamorfoseados. Soluçava suas lágrimas mais desesperadas quando descobriu: o amor não bastava para a felicidade. E fez-se a matéria. Era um maldito lançado ao azar das mais belas flores vermelhas oferecidas. Caminhava, lado a lado, com as borboletas que lhe sugavam o néctar. E, assim, como relógios de Dali, derretou a cada esquina putanesca, questionando a imperfeição de tempo e memória.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
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2 comentários:
"o amor não bastava para a felicidade"
estes dias um amigo escreveu algo referindo-se à vida do tipo: "é isso?"
e agora vem vc com esta e me faz pensar ainda mais no sentido da vida. claro! pois vida, amor e felicidade ditam meus sentimentos. para o extase ou para o nada.
eu adoro seus poemas, Cami! muito!
parabéns!
E agora vou eu pensar aqui com os meus botões no sentido da vida.
O que será que nos basta verdadeiramente?
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