09/04/2009
Por que ninguém escuta meu sussurro através do muro?
Este foi meu único apelo em vida.
E cá estamos nós. Entre o vazio e o inconsequente. Ambos quebrados na mínima expansão de um espelho côncavo. Girassóis fenecem em varandas e corvos saúdam Van Gogh em ascensão. A calçada torna-se um imenso quebra-cabeça para mentes obsessivas. Faltam peças no caminhar e tudo isso assusta. Toda essa mutilação diária do ir e vir. E ainda nos escondem aquilo que aflige. Aquilo que tortura. O estalar de chicotes, o som de flautas agudas. Ah! E pesadelos são abençoados por Nossa Senhora.
A morte persegue corações desesperados. Único acalanto para almas em perdição.
Vem e enrola meu corpo nu em seu manto frio e fúnebre. Vem e para o correr do sangue quente em minhas veias. Acaricia meus seios e estagna meu coração pulsante. E, finalmente, beija meus lábios ardentes e leva contigo meu último suspiro. Serei tua, na divisão dos vermes em decomposição.
This is the end!
sábado, 11 de abril de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
O fim é sempre o começo de um novo fim.
Postar um comentário