Foto feita durante a manifestação realizada no Supremo Tribunal Federal, em Brasília, no dia 1º de abril de 2009.
Coisas da imprensa
30/04/2009
“Vai virar um verdadeiro zoológico humano. São animais humanos, infelizmente”- Esta foi a declaração do governador de Roraima, José de Anchieta Júnior (PSDB) sobre a demarcação das terras da reserva Raposa Serra do Sol, garantida aos indígenas. Como pode um representante do povo (ou melhor, representante do capital) emitir uma declaração tão preconceituosa como essa?? Todo o repúdio ao governador de Roraima!!!
A Lei de Imprensa foi totalmente revogada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com projeto do deputado Miro Teixeira (PDT). Criada na época da ditadura, a Lei tinha caráter extremamente autoritário e abusivo. Impressionante como tal documento permaneceu em vigor por mais de 40 anos no Brasil. A revogação total da Lei de Imprensa é problemática, porque acabou a regulamentação no que tange o direito de resposta. Precisamos de uma Lei de Imprensa atual, renovada e realmente democrática e não a revogação total dela, porque é fundamental garantirmos meios de regulamentação da profissão. Agora esperemos a próxima votação: permanência ou não do diploma para jornalista. Diploma já!
quinta-feira, 30 de abril de 2009
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2 comentários:
Qual sua opinião camarada? A exigência do diploma para exercer a função de jornalista tbém foi ato da ditadura né? Assim "filtrava-se" as bocas nos tombones da imprensa (não tenho certeza do que falo, quero saber de você).
Tirar essa exigência seria útil? Pode haver interesse externo (fora da categoria dos jornalistas) pela permanência? Por exemplo, das faculdades particulares que dão cursos de jornalismo?
Tanta coisa não?
Companheiro querido, sou totalmente a favor do diploma, pois sem ele nossa categoria sofrerá uma precarização inimaginável, apesar de já sofrermos muitas dificuldades com jornada de trabalho e salários... Sabe quem é a favor da RETIRADA do diploma?? A Folha de S. Paulo que esteve presente no STF e soltou um enorme editorial contra o diploma e sabe por que? Porque sem o diploma, nossa profissão será elitizada, ou seja, apenas editores terão o diploma enquanto repórteres, comentaristas e afins serão mão-de-obra barata sem regulamentação alguma... Além disso, a perda da regulamentação da profissão é perigosa no que tange a responsabilidade do jornalista por aquilo que escreve. Se não houver regulamentação, como mediremos os crimes da imprensa?? Quem pagará?? Com certeza não serão os patrões que se isentam de qualquer responsabilidade, mas ditam politicamente a linha editorial dos veículos. Se, hoje, nossa categoria já sofre dificuldades salariais, imagine sem regulamentação, além dos problemas éticos da responsabilidade do jornalista. Com o diploma, ninguém perde voz, devemos continuar lutando pela democratização da informação e apropriação dos meios de comunicação pelos movimentos. Mas, é claro, que a permanência do diploma é interesse das faculdades particulares, mas que não se movimentam. O que eu também defendo é a radical mudança do currículo acadêmico focando uma visão humanista para a formação de uma consciência crítica, ou seja, dois ou três anos de economia, história, sociologia e depois técnico. Além de lutar pelo diploma e defesa da categoria, porque somos trabalhadores, devemos defender uma renovação no currículo acadêmico!!!!
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