23/10/2011
Pulsos aceleravam seu desejo pela vida, contradizendo anseios suicidas. Tentava ser para o outro, esquecendo-se de si própria. Nula. Anulava-se conscientemente. E mantinha desejos prenhos e secretos da madrugada. Não sabia que acumularia tantos débitos. E devia a si mesma. Devia à sua alma. E não estava vendida, apenas entregue. Entregue a duras penas. Numa equação nada matemática calculou o destino incerto e cego. No meio de uma garrafa de vodca e um maço de cigarros “light”, tinha a certeza: estava em cacos. Nada de esparadrapos, colas, post its ou chicletes. Os recados se esvaíram em fundos de copo e sua alma lutava contra epitáfios alheios. Never. Indecisão. Apenas o tempo. Ou nem isso...
Um comentário:
Lindo o poema. Existencial e Moderno em mesmo tempo. Parabéns, poetisa!
Cordialmente,
Palassi (http://felipepalassi.blogspot.com)
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