Naquela onda Zeca Baleiro. Flor da pele. Pele em flor. 365 dias derretidos em roteiro de novela mexicana. Aquele nome composto sem o mínimo de singularidade. Puro clichê. Rotina, aquele pleonasmo do cotidiano. Destruído por um instante. Um estalar de dedos. Um sussurro. Um corpo MAL dito, entre tantas palavras e performances. Maldito o instante. Maldito. Mal dito!
12 de dezembro de 2016
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
sábado, 23 de maio de 2015
Subterrânea
Subterrânea
18/5
Esquinas famélicas
Curvam por aí uma geometria
Analítica, ela subterrânea
Compreendeu a solidão
Desta vez, de substantivo a adjetivo
Era Verbo, era drama
Em seus desejos, o pronome
pura inspiração, entre papelões
e meio fio bolorento
pediu o pão
Dividiu o corpo, era Verbo
Nada definido em gênero
Apenas, subterrânea
18/5
Esquinas famélicas
Curvam por aí uma geometria
Analítica, ela subterrânea
Compreendeu a solidão
Desta vez, de substantivo a adjetivo
Era Verbo, era drama
Em seus desejos, o pronome
pura inspiração, entre papelões
e meio fio bolorento
pediu o pão
Dividiu o corpo, era Verbo
Nada definido em gênero
Apenas, subterrânea
Vai, idade
Vai, idade
15/5/2015
A idade chega
Vai idade
Vaidade
Amanhece no bar
Você, na cama
Vai, idade
Amanhece na cama
Você, nu
Bar
Vai, idade
Diz não
Perde a paciência
Entre pernas
Vaidade
Nu, o asfalto range
Raiva, dor e ódio
Vai, idade
Enche esse copo
Agora, pela metade
15/5/2015
A idade chega
Vai idade
Vaidade
Amanhece no bar
Você, na cama
Vai, idade
Amanhece na cama
Você, nu
Bar
Vai, idade
Diz não
Perde a paciência
Entre pernas
Vaidade
Nu, o asfalto range
Raiva, dor e ódio
Vai, idade
Enche esse copo
Agora, pela metade
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
“Nossa luta contra a transfobia não se resume a um único dia de visibilidade. É uma luta árdua e diária”, Indianara Siqueira
Visibilidade trans: o que
comemorar?
#JeSuisTravesti #JeSuisTrans
29 de janeiro é dia nacional da visibilidade transexual. Quantas pessoas
trans e travestis você conhece que estão no mercado de trabalho, nas
universidades e nos espaços de disputa política? Podemos contar nos dedos a
invisibilidade trans na sociedade e afirmada pelo Estado. No ano passado, por
exemplo, apenas 95 travestis, transexuais e transgêneros inscreveram-se para o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), utilizando o nome social, de
acordo com informações do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Por outro lado, segundo o movimento TransRevolução, em 2014 foram
contabilizados 120 assassinatos de pessoas trans no Brasil. A superação dessa dicotomia só será possível com
cidadania, políticas públicas e igualdade de direitos e oportunidades. Presidenta
do TransRevolução, prostituta e trans, Indianara Siqueira fala sobre
preconceitos, a incansável e corajosa luta pela visibilidade trans e os sonhos
para um futuro com respeito e igualdade.
Como surgiu o 29 de janeiro?
Essa data é significativa para o movimento de travestis e transexuais,
pois foi em janeiro de 2004 que 27 pessoas trans lançaram, no Congresso
Nacional, a campanha nacional: “Travesti e Respeito, já está na hora dos dois
serem vistos juntos: em casa, na boate, na escola, no trabalho, na vida”. Desde
então, a data estabelece um sentido político de luta pela igualdade, respeito e
visibilidade de pessoas trans. Entidades de todo país saem às ruas ou ocupam
espaços políticos no exercício da cidadania, processo contínuo do qual pessoas
trans são alijadas pelo preconceito, pela discriminação e violência.
Infelizmente, o movimento trans tem mais reivindicações e denúncias a
comemorações. É uma data que reafirmamos: "Contra a transfobia, a nossa
luta é todo dia!".
Como é o atual quadro de violência e discriminação das pessoas trans no
Brasil?
O Brasil lidera o ranking de violência homofóbica e no mundo é o país onde
ocorrem mais assassinatos de travestis e transexuais. O México é o segundo
colocado do ranking e, ainda assim, o Brasil contabiliza quatro vezes mais
mortes do que este. O número de travestis e transexuais que são assassinadas
pode ser ainda maior, pois de acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), que há
três décadas realiza o levantamento dos crimes homofóbicos no país, os crimes
contra pessoas trans são subnotificados. Em geral, são contabilizados como
mortes de homossexuais, inviabilizando políticas públicas e visibilidade
social. Para se ter uma ideia do problema, a expectativa de vida de uma
travesti e transexual brasileira gira em torno dos 30 anos, enquanto, em média,
a expectativa de vida de um brasileiro é
74,6 anos segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
E a inserção no mercado de trabalho?
Estima-se que 90% das travestis e transexuais brasileiras se prostituem
atualmente no Brasil. Esta é uma proporção alarmante, porque nunca houve 90% de
um grupo de pessoas prostituindo-se para viver, nem na história do Brasil, nem
no mundo. Só mesmo travestis e transexuais. Em termos comparativos, apenas 95
travestis, transexuais e transgêneros inscreveram-se para realizar o Exame
Nacional de Ensino Médio (Enem), utilizando o nome social em 2014. Contudo, foram
120 assassinatos (Fonte: TransRevolução) desse mesmo contingente populacional
no mesmo ano. Onze é o número que separa uma realidade da outra. Podemos dizer
que, praticamente, uma geração de Enem morre por ano.
Agora, em relação à cirurgia acompanhamos uma burocratização e enorme
violência institucional. Como você avalia?
Apenas no Estado São Paulo, há uma fila de 3.200 pessoas que desejam
realizar a cirurgia de transgenitalização, mas somente uma cirurgia é realizada
ao mês, ou seja, 12 cirurgias ao ano. Quem entrar na fila agora terá que
esperar 266 anos para realizar esse procedimento cirúrgico pelo Sistema Único
de Saúde/SUS no Brasil. O Hospital Pedro Ernesto (HUPE), no Rio de Janeiro, que
também realiza esse procedimento, está fechado para inclusão de novos pacientes
desde 2013 e atende de forma precária. Some tudo isso ao não reconhecimento das
identidades trans, ao abandono familiar, a evasão escolar, a precarização
laboral, a exclusão do mercado de trabalho e marginalização.
Sabemos a dificuldade de aferição dos casos de assassinatos e violência.
Por que isso acontece? O disque 100 é efetivo?
Porque travestis e transexuais não são de fato. Então, quando somos
agredidxs ou mortxs é noticiado ou registrado, como: "Homem vestido de
mulher" ou "homossexual", pois o Estado não nos reconhece
legalmente enquanto travestis/transexuais/transgêneros. Nesse caso, legalmente
quem morreu foi o homem ou a mulher que foram declarados no nascimento. O
disque 100 é só pra estatísticas mesmo.
As Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) estão
preparadas para casos de violência a pessoas trans?
Bom, a DEAM não está preparada nem pra atender mulheres cisgêneras [pessoas que foram designadas com um gênero
ao nascer e se identificam com ele], então imagina trans. Mas temos uma recomendação
agora para que as DEAMS do RJ, ao menos, estendam a lei Maria da Penha para
mulheres transexuais, que se declarem como tal, ou seja, redesignadas ou
estejam no programa pra operar (não para as que se declaram travestis). O
Estado, na realidade, é o que mais nos violenta não reconhecendo nossa
identidade de gênero nem como nos definimos ou declaramos. Poucos agentes nos
destinam tratamento adequado.
Que políticas públicas são fundamentais para a visibilidade trans? Como
enfrentar e transcender imposições normativas e binárias?
O mais importante seria a aprovação do projeto de lei de identidade de
gênero João W. Nery de autoria do deputado federal Jean Wyllys ou a sanção do
PL 72/2007, que já se encontra aprovado no legislativo em Brasília e é um
adendo à lei 6015 de 1973. Isso seria um avanço para que as pessoas trans
tivessem uma inclusão social, na educação principalmente. Para enfrentar
situações normativas/binárias é justamente quebrando regras dessas situações,
não se deixando enquadrar para poder existir, mas sim existir enquanto ser
humano, pessoa de direito e sendo, assim, respeitado.
Como você avalia a atuação dos meios de comunicação na afirmação de
estereótipos e preconceitos?
Os meios de comunicação reforçam esses estereótipos e violentam pessoas
trans através da multiplicação desses estigmas e preconceitos. A maioria das
notícias veicula "Homem vestido de mulher" ou
"homossexual", sem considerar identidade de gênero e cidadania trans.
Teremos o parlamento mais conservador de todos os tempos. Como
fortalecer as pautas dos movimentos sociais diante de tantos ataques?
Mostrando ao parlamento nas ruas, notas de repúdios/manifestos o nosso
descontentamento. Só unidos nas vozes das ruas mostraremos nosso descontentamento.
Na minha opinião, a transfobia é um dos mais graves problemas sociais
justamente por sua invisibilidade. Além de políticas públicas, qual o papel de
solidariedade do conjunto da sociedade, dos movimentos sociais e populares, e
movimentos de trabalhadorxs em geral?
Escutar as reivindicações do movimento trans e se unir sem quererem nos
silenciar "achando que sabem o que é melhor pra nós" e nos
emprestando e colocando à nossa disposição seus aparatos e, principalmente,
multiplicando nossas vozes. Por isso, afirmamos que a nossa luta contra a
transfobia não se resume a um único dia de visibilidade, mas é uma luta árdua e
diária em que as poucas conquistas são muito comemoradas. Mas queremos mais:
queremos o reconhecimento das nossas identidades de gênero, queremos inclusão
social, queremos direito à educação, queremos ter chances no mercado de
trabalho.
A prostituição ainda sofre ataques moralistas e é criminalizada pela
sociedade e até por setores progressistas do campo da esquerda. Qual a sua
opinião? Qual a importância do projeto intitulado Gabriela Leite?
A prostituição nada mais é do que sexo em troca de dinheiro. A
importância do Projeto é justamente nos tirar da marginalidade e os nossos
prestadores de serviços também, os ditos "cafetões/cafetinas", que
também sofrem um estigma e acabam sendo explorados por policiais corruptos e
milícias, justamente por viverem na ilegalidade. O PL não resolveria todos os
problemas, mas ajudaria muito a diminuí-los.
Entrevista: Camila Marins
Revisão: André Vieira
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Nu, Natal
No natal
Poema nu
Concreto
Nu, natal,
Muito prazer
Sinos onomatopeias
Tudo sempre igual
Nu, pernil, ossos e fígado
Quem me dera uma história assim:
Nua e crua!
Sem Rivo, sem marcas, sem tarjas
Apenas, nu
Poema nu
Concreto
Nu, natal,
Muito prazer
Sinos onomatopeias
Tudo sempre igual
Nu, pernil, ossos e fígado
Quem me dera uma história assim:
Nua e crua!
Sem Rivo, sem marcas, sem tarjas
Apenas, nu
25/12/2014
A volta
A volta
Faz um S, hashtag
Circula a cintura
Volta o bambolê
Vou até o final e desisto
De você!
Afinal, a vida é pura ficção!
Nenhuma verossimilhança
Restos de uma ceia
Poema 25/12
Faz um S, hashtag
Circula a cintura
Volta o bambolê
Vou até o final e desisto
De você!
Afinal, a vida é pura ficção!
Nenhuma verossimilhança
Restos de uma ceia
Poema 25/12
domingo, 23 de março de 2014
sussurro para Leminski
- 23/03/2014
sacia minha fome
sou entranha, nada sua
preta pele famélica
vem e sussurra em dó
poesias de Leminski
sou entranha, quase sua
estranha
sacia minha fome
sou entranha, nada sua
preta pele famélica
vem e sussurra em dó
poesias de Leminski
sou entranha, quase sua
estranha
quinta-feira, 20 de março de 2014
autonomia
Autonomia é princípio para libertação, que exige, em dado momento, choque! Espelho em cacos, entre rupturas e escândalos de si!
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
sobre afeto - 17/2/2014
para caminhar, me basta afeto!
arranca sua marra
e vem pra minha farra.
Sou Baco, sou vinho
queima roupa
mostra peito
Sou livre, sou amor
para você, tenho braços e abraços
Sou Medusa, sou polvo
me basta afeto!
sinto o gosto de corpos
seu, meu, nosso
lambe a porra da posse
e se lambuza com hipocrisia
Vem, vem! Sou Baco
Arranca a roupa e seu gênero
domingo, 9 de fevereiro de 2014
A rapidinha da Lapa em histeria coletiva
- 9/2/2014
O apartamento fervia entre quatro espremidas paredes. Andava de um lado para o outro lutando contra sua teimosa ebriedade. Era uma quarta-feira e tinha uma agenda cheia pela frente: reunião antes do trabalho; trabalho; 11 textos pela frente; metade de um livro para terminar; pilates, duas reuniões mais e dezenas de diálogos pobres para enfrentar. Em mente: férias em algumas semanas. Enquanto isso, o apartamento a estrangulava; apertava tanto sua jugular que mal respirava. Principiava exercícios de meditação, embora sua concentração tenha se tornado mero exercício paradoxal. Contava os quadrados de seu piso, enquanto cores transversais pintavam suas paredes. O gato balançava o rabo e comia com garfo e faca um aipo com mostarda preta. Pensava na quantidade de porra de seu namorado e em quantas mulheres mais ele andava comendo. Não. Praticava orgias em propagandas de ônibus. Queria ser motorista. Tomou coragem e desceu para a rua em tentativas de respiração. Apenas cu. Inspirava e expirava. Procurava Fridas nas esquinas, e nem sinal de Rivera. Galeto no boteco da esquina e papeação com vizinho. Cerveja vai, coxinha desce. Asas de frango voam?
- Tudo na vida é obscenidade.
- Não. A família é o berço da perversidade.
- Ei, vocês dois ai, acreditam no toplessaço?
Desce a mulher que senta e entorna o copo. Pergunta para o companheiro:
- Por que eu não posso?
Não só pode, como deve. Em seus deveres de gênero, arrancou a blusa e ficou ali bebendo cerveja, falando sobre política e surrealismos baratos. Ainda incitaram a outra mulher a tirar.
- Tirar a blusa é ato político, e não para o seu pau ficar duro, punheteiro de merda.
O bar nega cerveja a essa mesa obscena, lasciva e perversa. Tão adjetivada como seu Verbo. Caminham pelas ruas da Lapa, entre Ubaldino e Mem de Sá. Sentam em outro boteco. Homens caralho arrancam gargalhadas e celulares para fotografar. Em cada uma das mesas, a pergunta traça a língua:
- Peito tem graça?
Senhoras de meia idade chegam perto da mesa e em toda a solidariedade arrancam a blusa em menos de três segundos.
- Rapidinho, minha filha.
Sorriem diante da rapidinha da Lapa.
O apartamento fervia entre quatro espremidas paredes. Andava de um lado para o outro lutando contra sua teimosa ebriedade. Era uma quarta-feira e tinha uma agenda cheia pela frente: reunião antes do trabalho; trabalho; 11 textos pela frente; metade de um livro para terminar; pilates, duas reuniões mais e dezenas de diálogos pobres para enfrentar. Em mente: férias em algumas semanas. Enquanto isso, o apartamento a estrangulava; apertava tanto sua jugular que mal respirava. Principiava exercícios de meditação, embora sua concentração tenha se tornado mero exercício paradoxal. Contava os quadrados de seu piso, enquanto cores transversais pintavam suas paredes. O gato balançava o rabo e comia com garfo e faca um aipo com mostarda preta. Pensava na quantidade de porra de seu namorado e em quantas mulheres mais ele andava comendo. Não. Praticava orgias em propagandas de ônibus. Queria ser motorista. Tomou coragem e desceu para a rua em tentativas de respiração. Apenas cu. Inspirava e expirava. Procurava Fridas nas esquinas, e nem sinal de Rivera. Galeto no boteco da esquina e papeação com vizinho. Cerveja vai, coxinha desce. Asas de frango voam?
- Tudo na vida é obscenidade.
- Não. A família é o berço da perversidade.
- Ei, vocês dois ai, acreditam no toplessaço?
Desce a mulher que senta e entorna o copo. Pergunta para o companheiro:
- Por que eu não posso?
Não só pode, como deve. Em seus deveres de gênero, arrancou a blusa e ficou ali bebendo cerveja, falando sobre política e surrealismos baratos. Ainda incitaram a outra mulher a tirar.
- Tirar a blusa é ato político, e não para o seu pau ficar duro, punheteiro de merda.
O bar nega cerveja a essa mesa obscena, lasciva e perversa. Tão adjetivada como seu Verbo. Caminham pelas ruas da Lapa, entre Ubaldino e Mem de Sá. Sentam em outro boteco. Homens caralho arrancam gargalhadas e celulares para fotografar. Em cada uma das mesas, a pergunta traça a língua:
- Peito tem graça?
Senhoras de meia idade chegam perto da mesa e em toda a solidariedade arrancam a blusa em menos de três segundos.
- Rapidinho, minha filha.
Sorriem diante da rapidinha da Lapa.
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
dó em tempos de bemol
Há tempos penso num poema
Há tempos flerto com um poema
Há tempos, há ânus
que inspiro esses versos
para você, não
para nós
o nó do
verde abacate
nódoa
amarelo manga, porra
dó e toca para você
para nós
o bemol rebaixado
4/2/2014
Há tempos flerto com um poema
Há tempos, há ânus
que inspiro esses versos
para você, não
para nós
o nó do
verde abacate
nódoa
amarelo manga, porra
dó e toca para você
para nós
o bemol rebaixado
4/2/2014
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
insônia
a insônia é a companheira mais solidária! silêncio que conforta, silêncio, silencio. Do Verbo ao Cio.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
Origem
- 13/1/2014 - para Erica Leonardo
Qual a sua antropologia?
me conta seu fado
canta seu folk com sotaque alemão
mais fácil comer a avó
a origem dos males
sua bruxa, Anthropos!
arranca logos
e cheira seus primitivos inventados
pensa, fétido
a imaginação construída do ser
qual orifício te apetece?
vai e enfia dedo no cu
de repente, o advérbio grita
ou quem sabe o Verbo de seu caralho:
essa sim, pura identidade: sua puta!
Qual a sua antropologia?
me conta seu fado
canta seu folk com sotaque alemão
mais fácil comer a avó
a origem dos males
sua bruxa, Anthropos!
arranca logos
e cheira seus primitivos inventados
pensa, fétido
a imaginação construída do ser
qual orifício te apetece?
vai e enfia dedo no cu
de repente, o advérbio grita
ou quem sabe o Verbo de seu caralho:
essa sim, pura identidade: sua puta!
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
Feliz Natal
Tapem os narizes!
Merda jogada no ar-condicionado da modernidade
Comunguemos o caju do pecado
Paraísos não existem
Lambuzem-se!
Ho ho ho
Apertem o saco do papai noel
e vomitem sacralidades de sua porra
2014: abram as pernas
para o cotidiano exercício da liberdade
Sejamos livres de nós!
Sejamos o nada salvador!
Se bocetas são pecadoras,
arranquemos os meninos do presépio!
Aquém!
Aquém de suas limitações!
24/12/2013
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