segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Respeito


31/11/2011
Todo mundo reivindica respeito em um relacionamento. Mas o que é respeito para você? Não basta fidelidade. Não basta dividir a escova de dente. Queremos companheirismo. Alguém que cozinhe e deixe a louça para nós. Alguém que divida a pizza, metade calabresa, metade alho. Alguém que admire aquilo que você faz e respeite o seu trabalho. Alguém que compartilhe os amigos e a família. Alguém que compartilhe as risadas, as tristezas, as bebedeiras e as ressacas. Alguém que compartilhe aquilo que você realmente é. Alguém que, fiel ou não, respeite o Ser. Alguém que respeite as diferenças e as semelhanças. Alguém que, mesmo depois de tantas discussões, compreenda a reivindicação por respeito e dê passos para novos caminhos. Alguém que mesmo na melodia errada, lhe convide para dançar...

domingo, 23 de outubro de 2011

Inspiração

23/10/2011

Pulsos aceleravam seu desejo pela vida, contradizendo anseios suicidas. Tentava ser para o outro, esquecendo-se de si própria. Nula. Anulava-se conscientemente. E mantinha desejos prenhos e secretos da madrugada. Não sabia que acumularia tantos débitos. E devia a si mesma. Devia à sua alma. E não estava vendida, apenas entregue. Entregue a duras penas. Numa equação nada matemática calculou o destino incerto e cego. No meio de uma garrafa de vodca e um maço de cigarros “light”, tinha a certeza: estava em cacos. Nada de esparadrapos, colas, post its ou chicletes. Os recados se esvaíram em fundos de copo e sua alma lutava contra epitáfios alheios. Never. Indecisão. Apenas o tempo. Ou nem isso...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Falange esfarelada


Falange esfarelada
Poema em solidariedade ao casal de gays agredido na Paulista, em São Paulo; e a todos e a todas que são agredidos (as) todos os dias. CONTRA A HOMOFOBIA!!!!!!
04/10/2011

Esquinas fraudulentas da Paulista
de repente, transmutam-se
em faces e ares.

Raivosa, anuncia
atos entre ruas,
a Avenida.

Fez-se a dama de ferro
pontiaguda em ossos
e punhos cerrados.

A tortura em nós,
desenlaçados.
- mãos
entrelaçadas -
entre dor e amor

forma-se o soco inglês
em sua pior face
o preconceito

o passeio estava completo
o asfalto em vermelho
e Edward Munch contemplado.

Enfim, o horror!