terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Rumo a Cuba



Queridas leitoras e queridos leitores, esta poeta deixará o blog por algumas semanas. Estarei em Cuba e só voltarei no próximo mês. Tentarei postar algo de lá. Hasta!



Mulher urubu

06/01/2009


Não escrevo como mulher
Não escrevo como menina
Escrevo como bicho
Escrevo como animal
Feroz em minha dor lateral
Entre linhas

Minha poesia é desconexa
Sem eira nem beira
Nem funda nem rasa
Ou talvez seja tudo isso
Furtiva e selvagem

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Limpeza de final de ano - A menina de 92

Depois de 160 litros de sacos de lixo abarrotados de papel, encontro meus antigos cadernos de poesia, diários e manuscritos. Um, em especial, data de 1992 e é um caderno que eu chamava de “meu livro” com três textos: “Moranguinho no pomar”; “A menina diferente” e “O segredo da rainha”. Eu tinha apenas 8 anos quando escrevi estes textos e agora reproduzo um deles aqui.

Reprodução fiel ao texto de 1992, incluindo imaginação, gramática, ortografia, coesão e essas coisas que a gente aprende ao longo da vida. Não mexi em nada no texto, nem mesmo nos erros, eis que:

A menina diferente

Camila Marins em 1992

Era uma vez uma menina muito diferente e seu nome era Denise.
Denise não gostava de ver televisão, brincar. Ela gostava de tudo que os outros não gostavam. Um dia, ela estava fazendo sua lição de casa quando sua mãe falou: “Vamos ligar para o doutor Paulo e a enfermeira para ver o que você tem”.
Quando o doutor acabou de examiná-la, ele ficou com os cabelos arrepiados de susto que até desmaiou.
A mãe de Denise gritou: “enfermeira, socorro, socorro, o doutor desmaiou”.
A enfermeira pegou um balde de água fria com pílulas e jogou nele.
Logo levantou-se e pediu para falar a sós com a mãe de Denise.
O doutor disse para ela que ela estava com uma doença contagiosa chamada: Gosto de tudo que os outros não gostam.
A mãe ficou espantada.
O doutor passou um remédio chamado: Lescatux. A mãe logo comprou e deu o remédio para a filha tomar.
Passou-se uma semana depois.
Denise estava ótima e ficou normal como uma criança qualquer.
Quando Denise explicou tudo a professora ficou alegríssima.
Todos os colegas riram muito dela, mas ela nem ligou e disse: “Não ligo para gente que nunca ficou diferente”.

Fim

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Curiosidades capixabas


Encontrado em uma esquina de Muqui, cidade do interior do Espírito Santo com cerca de 2 mil habitantes. Encontrado ou procurado? Poesia em preto e branco, batida num azulejo calejado.