domingo, 17 de fevereiro de 2008

Merda

Merda

Camila Marins - 17/02/2008




Sento-me nos bares e a mesma ladainha sangrando em meu peito. Merda. Merda. Talvez o mundo seja essa merda. Os copos vazios, as bitucas queimadas e os corpos... Corpos vazios. Corpos sem a substância vital. Corpos inertes. Corpos vazios. Corpos copos. Não! Não se trata de um elogio da loucura. Apenas um desabafo da merda. Vou ao banheiro e não encontro merda. A merda é pior. A merda está à nossa frente. Muito prazer. Abandono de corpos nas ruas, estômagos latejantes, corações frios, carros fechados, ostentação de ourives. Corpos. Vazios. Corpos. Vários. Só resta a merda que o mundo insiste em curvar pelo esgoto. Assemelham-me aos ratos!! Grito aos Céus redenção! Redenção a esse palco. Por favor, salvem-me e afoguem os que nos julgam ratos. Afoguem estes no esgoto. Amém.